Vem chegando o verão. O que fazer com a nutrição?

Autor: MSc. Luiz Henrique Oliveira Silva – Assistente Técnico Comercial da DSM/Tortuga

Nos termos agropecuários, dizemos que o Brasil tem duas estações bem definidas: secas e águas ou inverno e verão. Com as chegadas das chuvas, os produtores iniciam a produção de volumosos e de grãos para suprir a necessidade de alimentos dos períodos que virão, pois os dias mais longos, a precipitação e as boas temperaturas são ideais para uma boa colheita. Por outro lado, os animais da fazenda, principalmente as vacas, sejam elas lactantes, secas ou em pré-parto, sofrem demais com as altas temperaturas e umidade desta época do ano.

O estresse térmico induz a uma variedade de reações bioquímicas e fisiológicas nas vacas de leite, reduz o consumo de alimento, reduz os desempenhos produtivo e reprodutivo, imunidade e causa sério dano à produção de leite, afetando diretamente o bolso do produtor.

Como os animais reduzem CMS, quando em estresse térmico, a primeira estratégia nutricional a ser estabelecida é o adensamento da dieta total, ou seja, tentar fornecer a mesma quantidade de nutrientes com menos alimento ofertado, com uma diminuição na proporção volumoso: concentrado. Isso deve ser feito apenas se o manejo de alimentação da fazenda for muito bom, com variações mínimas na composição da dieta de um dia para o outro, o que se consegue com bons e responsáveis profissionais designados ao trato.

A adição de gordura protegida pode ser uma alternativa para adensar a dieta energeticamente sem interferir demasiadamente na relação volumoso: concentrado. A suplementação de gordura aumenta a ingestão de energia líquida em vacas com estresse térmico graças à sua alta densidade energética e a baixo geração de calor metabólico comparado com fibra e amido.

Quanto à proteína, é necessário aumentar o nível na dieta com a redução no CSM em razão do estresse térmico. Entretanto, é importante prover fonte de proteínas não degradáveis no rúmen e, até mesmo, elevar a qualidade da proteína fornecida, como a suplementação de metionina protegida (Bovigold® Crina® Metionina ou Bovigold® Crina® Rumistar™ com Metionina).

A Vitamina A, Vitamina E e microminerais, principalmente selênio, cobre, zinco e cromo estão entre os micronutrientes que desempenham importante papel na saúde e imunidade da glândula mamária, além de trazer efeitos positivos nos desempenhos produtivos e reprodutivos de vacas de alta produção submetidas a condições de estresse térmico. Os núcleos da linha Bovigold® da DSM/Tortuga possuem minerais na forma orgânica, com elevada biodisponibilidade, e vitaminas em níveis ótimos.

Bibliografia Consultada

Conte, G. et al. 2019. Feeding and nutrition management of heat-stressed dairy ruminants, Italian Journal of Animal Science, 17:3, 604-620

Han, Z. et al. 2015. Methionine protects against hyperthermia-induced cell injury in cultured bovine mammary epithelial cells. Cell Stress Chaperones, 20(1): 109–120.

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