Formas de apresentações da Mastite e seus agentes

Autor: Rodrigo Nunes, consultor técnico – Bovinos – Bayer Technical Consultant – Farm animal products

Mastite bovina: definições e conceitos | Produção de leite | MilkPoint

As mastites continuam sendo o principal problema para a pecuária leiteira, quer seja pela diminuição da produção ou pela perda dos tetos afetados. O melhoramento genético e os avanços nos últimos anos tornaram as vacas cada vez melhores, com grande capacidade de produção de leite assim desafiando ainda mais a saúde destes animais.

Agentes Contagiosos,

A mastite contagiosa é marcada pelo aumento significativo dos valores de CCS do tanque de leite, podendo se manifestar na forma clínica ou na maioria das vezes na forma subclínica.

Os microrganismos contagiosos são adaptados a sobreviverem dentro do hospedeiro, e que estão presentes no corpo do animal com ou sem mastite, são transmitidos principalmente durante a ordenha, através das mãos dos ordenhadores; de tetos infectados para outros, por meio do equipamento da ordenha, bezerro e até pela utilização de panos e esponjas de uso múltiplo. Os principais agentes nesse grupo são Streptococcus agalactiae, Staphylococcus aureus e Corynebacterium bovis e Mycoplasma bovis.

Qual o tempo máximo entre a coleta e a análise de CCS e composição, para  amostras de tanque?

Agentes Ambientais,

Os patógenos ambientais, são invasores oportunistas da glândula mamária, não estão adaptados à sobrevivência no hospedeiro.

O grupo de patógenos desse tipo de mastite é constituído de bactérias que estão presentes no ambiente. Os microrganismos ambientais podem ser agrupados em duas categorias: os estreptococos (exceto o S. agalactiae) como: Streptococus uberis, S. disgalactiae, S. bovis e S. parauberis. As bactérias Gram negativas sobretudo os coliformes como: Escherichia coli, Klebsiella, Enterobacter, Serratia, além de outros patógenos como: Arcanobacterium pyogenes, Bacillus, Nocardia, Pseudomonas, leveduras, fungos e algas.

Os sinais clínicos podem variar de leves até hiperagudos com a presença de alterações sistêmicas como febre, desidratação e toxemia. Na glândula mamária podemos notar inchaço, vermelhidão, dor, queda na produção de leite e alterações visuais no mesmo.

O tratamento precoce da mastite aliado a outras medidas constitui importante profilaxia, pois elimina uma fonte de infecção em potencial para as demais vacas lactantes. A Bayer tem soluções para mastites ambientais tal como Enrofloxacino (Kinetomax®) e para mastites contagiosas, Cloxacilina e Ampicilina (Bovigam VS), ®) e Flunexim Neglumine (Flunamine®.)   Penetamato (Bovigam Injetável) ele atravessa rapidamente a barreira do leite no sangue, concentrando-se no local da infecção nos tecidos do úbere e no leite, onde é hidrolisado na penicilina G. ativa. Isso leva a concentrações de antibióticos no leite até 10 vezes maiores do que as obtidas com uma injeção da dose equivalente de procaína penicilina G, isso resulta em uma ação antimicrobiana bactericida e dependente do tempo na síntese da parede celular.

 Referências:

  •  Smith P. B. 2010. Medicina Interna de Grandes Animais. 4ª Edição. Editora Elsevier, Barcelona, Espanha.
  • DIAS, R.V.C. Principais métodos de diagnóstico e controle da mastite bovina. Acta Veterinária Brasílica, Mossoró, v.1, n.1, p.23-27, 2007. Disponível em <http://caatinga.ufersa.edu.br/index.php/acta/article/viewFile/255/95>. Acesso em: 2011.
  • ANDREWS, A.H.; BLOWEY, R.W.; BOYD, H.; EDDY, R.G. Medicina bovina: doenças e criação de bovinos. 2.ed. São Paulo: Roca, 2008. 1080p.
  • Blowey R. e Edmondson P. 2010. Mastitis Control in Dairy Herds. 2ª Edição. Cab International, Oxfordshire, United Kingdon.
  • Smith P. B. 2010. Medicina Interna de Grandes Animais. 4ª Edição. Editora Elsevier, Barcelona, Espanha.
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