Como evitar as perdas de silagem e crescimento de fungos na superfície do silo?

Autora: Janielen da Silva Consultora técnica – Ourofino Saúde Animal Doutora em Ciência Animal e Pastagens – ESALQ/USP

Para obtenção de silagem de qualidade, todas as etapas do processo de ensilagem devem ser feitas de maneira adequada: colheita, transporte, compactação, fechamento, fermentação, retirada e fornecimento da silagem para os animais.

O que acontece normalmente, é que os produtores se preocupam e investem na preparação do solo, fertilizantes, compra da variedade do milho, utilização de pivô, gastos na colheita, entre outros, e querem economizar na cobertura, comprando lonas de baixa qualidade. Ou seja, na hora de garantir um bom armazenamento da silagem, se faz economia.

Um experimento realizado na Universidade do Kansas mostrou como ocorrem as perdas de matéria seca por deterioração do silo. Foi utilizado um silo com 90 cm de altura no dia do enchimento, que ficou fechado por seis meses. Após os seis meses, abriu-se o silo e observou-se que, 35 cm do material ensilado tinham desaparecido, ou seja, tinham sido consumidos em produtos voláteis, como CO2, por exemplo. Outros 17 cm foram caracterizados como material visivelmente deteriorado. Ao final, dos 90 cm que foram colocados de silagem, somente 38 cm poderiam ser classificados como silagem de qualidade.

Com estes resultados, foi possível estabelecer a seguinte relação: para cada 1 cm de perdas visíveis no silo (silagem visivelmente deteriorada), existem mais 3 cm de perdas não visíveis (perdas por gases).

Além das perdas de matéria seca da silagem com o processo de deterioração, a composição nutricional da mesma fica prejudicada, o que pode levar a baixo consumo e à baixa eficiência produtiva dos animais. Estudos também mostraram que silagens que sofreram processo de deterioração apresentam menor porcentagem de amido e de proteína, maior teor de fibra em detergente neutro, além de pior digestibilidade dos nutrientes.

Ademais, existe o risco de ocorrência de doenças em vacas que recebem silagens deterioradas. Isto porque essas silagens apresentam crescimento de fungos que são capazes de produzir micotoxinas. Quando ingeridas pelos animais, as micotoxinas podem levar à queda na produção de leite, baixa imunidade do animal, aumento da incidência de doenças e baixo desempenho reprodutivo.

Para evitar todos estes prejuízos é importante a realização de uma cobertura eficiente da silagem. Atualmente, somente o uso de lonas tradicionais não possui a capacidade de impedir que o oxigênio entre, levando a perdas nas camadas superiores e laterais do silo. Os diferenciais da utilização da SilageSeal é que ela atua como barreira de oxigênio, evitando que o oxigênio entre no silo. Isto ocorre porque, ela é composta por poliamida que é um material com capacidade de bloqueio de oxigênio.

Por bloquear o oxigênio, SilageSeal evita o crescimento de microrganismos indesejáveis, como fungos e leveduras, melhorando o processo de fermentação da silagem e reduzindo as perdas de matéria seca. Também os nutrientes da silagem vão ter melhor digestibilidade e maior consumo pelos animais, possibilitando melhor desempenho animal.

 

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